um pouco sobre essa busca

Vi você com novos amores e senti muitas vezes uma angustia que me apertava o peito. Meus olhos ficavam ardidos, como se picasse cebolas. E vinha uma sensação estranha de que meu corpo saísse e voltasse para o lugar em frações de segundos, como se fosse buscar em minhas lembranças acontecimentos bons, doces de nós dois e que na hora que estabilizava a alma no corpo, ele pensa: já passou. Não é possível mais.
Então os olhos lacrimejam e ficam parados com uma respiração lenta, consciente do ar que entra e sai para a preservação da vida. E a vida diz: acorda!!! Amores também saem, te ajudaram a viver, mas se vão... E aí, a vontade de pensar em outro alguém vem imediatamente, mas quem? Se todo esse tempo, excluí todos os alguéns achando que estaria com você. Me pergunto então, até que ponto esse gostar não passou a ser obsessão? Ou uma fuga para não sofrer por novos amores? Pois sentir sua falta é bom... me sinto à vontade, me acostumei. Vejo você em singelas músicas, nos floridos Ipês de agosto, enquanto as outras árvores estão se preparando para a primavera os Ipês já sorriem com suas cores vibrantes e isso me lembra você. Nos bons filmes e também em todas as coisas clichês de amor. Sem saber te procurei em todos os amores que tive e hoje vejo que não o encontrei em nenhum. E aí finalizo com a frase do Filme Vicky Cristina, Barcelona ”..Somente um amor incompleto pode ser romântico...” é isso Woody Allen? Realmente não entendo.

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